autor desconhecido
1) Não se fixe numa "profissão". Zona de Trabalho Autônomo Temporário.
2) Arranje vários bicos que paguem suas despesas básicas.
3) Mate o consumista que existe em você (isso não é riponguismo - é que a autonomia tem um custo, infelizmente).
4) Simplifique a vida ao máximo. Ande a pé ou de bicicleta, poupe água, energia e comida, tire xerox de livros, baixe mp3.
5) Consuma comida barata (não necessariamente de má qualidade - vegetal é barato) e de produção local.
6) Mude-se pra cidades menores, com menos stress.
7) Saia pouco de casa - só quando for imprescindível. E apenas pra lugares que o divirtam realmente.
8) Pratique a inadimplência (enquanto for possível, pois o mercado o reprimirá – a humilhação do SPC).
9) Valorize aquilo que você já tem. Exemplo: pra que comprar um livro se você tem um monte em casa que nem leu? Pra que acumular pilhas de cds e nem sequer ouvi-los direito?
10) Pratique o escambo e as parcerias.
11) Compre tudo de segunda mão.
12) Evite pagar impostos. Estude a lei pra saber como. Use o Direito contra o Estado.
13) Aprenda a obter satisfação sozinho (não estou falando em punheta). Faça artesanato (que você pode vender ou trocar. Mas não ouça The Doors, por favor), corra, escreva, pinte, medite. Enfim: não necessite do mercado e de outras pessoas pra se divertir.
14) Use a tecnologia pra facilitar sua vida. Mas não seja escravo dos aparelhos eletrônicos.
15) Seja um inventor. Crie alternativas pra se livrar dos gastos. Favelado, morador de rua e 90% do mundo (os países "em desenvolvimento") já fazem isso, porque você tem que comer frango e arrotar Peru?
16) Assuma sua miséria. Não tenha vergonha dela. Que se foda a ambição. Quem é que disse que "sucesso" é igual a felicidade?
17) Toda vez que puder criar, deixe de comprar.
Eu amo Racionais. Desde que eu tinha 11 anos e sabia a letra inteira de "Fim de semana no parque" e "Um homem na estrada". Racionais se encaixa muito bem na minha realidade, na realidade de quem eu sou, do que eu penso. Eu, paulistana da década de 80, cresci no Jardim Miriam, filha de mineira com paraibano, sei andar de ônibus em São Paulo como ninguém.
Racionais é mais "eu" do que qualquer uma das minhas outras bandas favoritas: Foo fighters, The Killers e Camera Obscura. Afinal, o que eu sei de viver em Glasgow? De ser mórmon? Ou ter um amigo que se suicidou aos 27 anos? Nada.
Hoje o Bruno me mandou um link com o clipe Triunfo, do Emicida.
Confesso que eu tava com saudades de ouvir um RAP e amar, sem que fosse nostalgia.
Da série: de qualidade. o som e o vídeo. FUDIDO.
EMICIDA ::: TRIUNFO from www.noiz.com.br on Vimeo.
Recém casados, recém mudados... é inevitável perder um tanto da vontade de sair de casa, certo? Afinal, pra quê sair de casa, enfrentar fila, ouvir música ruim em lugares lotados, cheiro de cigarro (não mais), e no final ainda pagar o dobro do que custa tudo o que você consumiu? Portanto adotamos um novo método de diversão: Festa em casa. Não sou pioneira no assunto, nunca sei a quem chamar, nem quando chamar, a que horas fazer, então na maioria das vezes as mini-festas acontecem meio sem perceber.
Foi assim que sexta passada aconteceu uma dessas reuniões casuais lá em casa, nada como uma sexta pra comemorar a chegada do fim de semana. Estavámos lá eu, o Alexandre e nossos dois vizinhos e amigos, o casal Dênis e Andressa. Surgiu então uma nova modalidade: Festa com Grooveshark.
(abre parenteses)
Grooveshark é um site para ouvir música online. Simples assim. Livre, rápido, prático e sem burocracias. Você ouve exatamente o que quer, na hora que quer.
Me assusta um pouco que muitas pessoas naveguem o dia todo na internet e saibam todos os vídeos engraçados do momento no Youtube, mas não conheçam o Grooveshark. Não que eu esteja "por dentro das tendências na web", muito pelo contrário, mas porquê o Grooveshark é uma ferramente extramente útil e amiga, ao meu ver, muito mais do que outras ferramentas que são idolatradas por aí.
(fecha parenteses)
Voltando a festa. A trilha sonora é determinante pro sucesso de uma festa, só que geralmente ela fica na responsabilidade de uma pessoa só, ou de ninguém, ou pior, do acaso. Acontece que alguém lá em casa teve a brilhante idéia de cada um colocar uma música no Grooveshark, e isso foi fazendo nossa trilha sonora emocionante, a cada música nova, uma surpresa. E a gente se divertiu bastante, assim como toda sexta deveria ser.
Ficadica.
(homenagem a Maria Fernanda, aka Paris)
Eu tenho lá minhas fases "fixação absurda" com algum artista. De ver tudo até cansar. As últimas que eu me lembro são:
Aos 17 anos: Nina
Aos 18 anos: Mark Ryden
Aos 19 anos: Tokidoki
Aos 21 anos: Paul Frank
Aos 22 anos: Catalina Estrada
Mas sabe... faz um tempo que essa fixação não me acomete, e isso acaba de mudar:
Aos 25 anos: Sanna Annukka
Me deu uma vontade absurda de (finalmente) desenhar e comprar tudo da Marimekko.
Boom boom kid é uma banda da Argentina que eu amo muito. No mês de novembro de 2005 eles vieram tocar aqui. 2 shows em São Paulo. Eu perdi o primeiro porque passei o sábado fazendo trabalho na faculdade. Eu e o Diego precisavamos nos superar e salvar nosso grupo. Fui correndo pra Augusta mas cheguei quando o show tinha acabado de acabar. Era um momento tenso na minha vida, fim de semestre, sem dinheiro, querendo mudar de emprego, prestes a me mudar de casa, querendo terminar um namoro bizarro. Fui pra casa triste, pessimista, cansada e pensando no azar que era ser quem eu sou. Me senti no direito de me afogar na noite de sábado, em alguma coisa que me fizesse esquecer, uma bebida, de preferência. Liguei pra Bela, que ia passar o final de semana no Rio, e por ironia ela já tinha voltado pra São Paulo e me convidou pra ir no fechamento do FILE (Festival Internacional de Linguagem Eletrônica). Eu não sabia o que era pior, ficar em casa com meu azar, ou sair de casa com meu azar. Fui sozinha, pessimista, longe, de ônibus, cheguei cedo, fiquei sozinha um tempão, minha calça tava rasgada, fazia muito frio. Aos poucos as coisas começaram a acontecer, as pessoas começaram a chegar, as conversas começaram a surgir e eu conheci ali meia dúzia de pessoas X com assuntos randômicos.
Distraída eu conheci o homem da minha vida. Ele sabia meu nome, sentamos na escada, conversamos, eu descruzei os braços dele enquanto ouviamos uma banda ruim que eu achava boa, voltamos pro frio, conversamos o tempo todo rodeados por tantos outros, nos abraçamos, andamos por lá, pensamos em sair, enquanto os outros iam, nós ficamos, sentamos atrás de um sofá branco sujo. Ele se deitou no meu colo, nos beijamos. Já se passaram cerca de 6 horas. O tempo passou rápido, já era cedo. Como estavámos distraídos. Vamos embora? Vamos. Andamos e andamos, minha calça rasgou mais, e no metrô uma despedida rápida, linhas diferentes, ficamos só no nome. Sem telefone, sem e-mail. Amor, de 5 de novembro, pra sempre. Desde antes do amanhecer.